Há pouco mais de um ano da Copa do Mundo FIFA, a seleção brasileira encontra-se mais uma vez sem técnico, e assim como foi na saída do Tite em 2022, a CBF continua insistindo em contratar o mesmo técnico estrangeiro que a transformou em piada lá em 2023.
Carlos Ancelotti é sim um técnico com grandes conquistas em seu currículo, mas será que esperar por ele (mais uma vez) é um luxo ao qual a CBF pode se permitir?

Desde a eliminação na Copa do Catar, em 2022, a seleção brasileira já contou com três técnicos, sendo os dois primeiros interinos, já que a CBF aguardava uma resposta positiva da Ancelotti, mas ele optou por seguir no Real Madrid.
Dorival Júnior foi o último a ocupar o cargo, ele ficou na posição por aproximadamente um ano e três meses, nesse período acumulou sete vitórias, sete empates e apenas duas derrotas. A última foi durante um clássico com a Argentina, lá em Buenos Aires. E se perder já é chato, perder para um rival, na casa dele e com um placar de 4×1, é ainda pior.

Dorival foi demitido em 28 de março, e desde então acredita-se que a CBF vem negociando com Ancelotti (mais uma vez), e não haveria problema nenhum nisso se não existissem três fatores muito importantes:
• Nessa temporada o Real ainda não ganhou nenhum título, sua última chance é a La Liga (onde além de vencer todos os seus jogos, tem que torcer para o Barça escorregar)
• O técnico já disse que só tomara uma decisão e falará sobre os próximos passos de sua carreira após 25 de maio
• A próxima Data FIFA é em 5 de junho
Será que mais uma vez contaremos com um interino comandando a seleção em jogos oficiais? E o mais importante, o professor que assumir essa missão terá coragem de tirar rostinhos carimbados que já não apresentam a qualidade que a Canarinho pede?
Afinal de nada adianta mudar a estratégia, se os mesmos nomes continuarem sendo convocados. Nomes que já não têm rendimento digno de estar ali e que chegam à seleção e entregam jogos apáticos e com baixa qualidade.
Quem cresceu nos anos 2000 (ou antes) com toda a certeza se lembra de como era ver a família e os amigos se juntarem e o país inteiro parar para assistir a seleção brasileira em campo, a beleza que era quando o futebol arte corria nas veias dos convocados.

Quando Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos e companhia entravam em campo prontos para brigar pela vitória até o último segundo em cada jogo, quando no gol podíamos contar com nomes como Marcos, Rogério Ceni e Dida.
Pelé, Garrincha, Zico, Rivaldo, Romário, Cafu, Kaká e tantos outros se tornaram ídolos por suportarem o peso que só a camisa da seleção brasileira carrega.

Ninguém pode tirar da história que o Brasil foi o primeiro a conquistar o tricampeonato, e até hoje é o único a levantar a taça cinco vezes. Mas já dizia a sabedoria popular, quem vive de passado é museu, e os torcedores anseiam pelo momento em que o Brasil vai poder soltar o grito de “é hexa”.
E ninguém pode dizer que não existem opções de talentos que possam nos levar à glória mais uma vez, pelo contrário, o que não falta nas categorias de base são talentos, que chegam cada vez mais jovens ao profissional.
Com o equilíbrio certo entre os novos talentos e a experiência daqueles que ainda conseguem entregar um futebol bonito e eficiente, e é claro, com um técnico que tem o desejo de comandar a seleção brasileira (sem que a CBF tenha que implorar), o sonho do hexa pode se concretizar.
O que nos resta é torcer para que a história se repita e um novo técnico com aproximadamente um ano para preparar a equipe e encontrar a combinação perfeita seja o suficiente para erguer a taça de campeão, assim como foi com Felipão, lá em 2002.









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